Opinião: Será que desta vez, vamos ao que importa?
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Quando o anterior artigo foi aqui publicado, permanecia a incerteza quanto à aprovação do Orçamento de Estado para 2022. A proposta do governo foi chumbada no parlamento e foram convocadas eleições legislativas antecipadas, para janeiro do próximo ano.

Já sabíamos que em 2019 a despesa do Estado em percentagem do PIB havia aumentado 2,5% e que com os apoios extraordinários para combater os efeitos da pandemia em 2020, cresceu 5,9%. A Dívida Pública está em níveis elevados e por enquanto vamos beneficiando de taxas de juro zero que sabemos irem subir, ainda não sabemos é quando. Acrescem as subidas generalizadas de preços, as dificuldades nas cadeias de abastecimento, os riscos da inflação.

Ainda sem Orçamento do Estado para 2022, estamos hoje perante um cenário em que pelo menos metade da riqueza produzida no País é absorvida pelo Estado, sem que se vislumbre uma melhoria dos serviços prestados. É a mão visível e omnipresente do Estado a funcionar, com os responsáveis pela crise política, a insistirem no reforço da mesma solução que fracassou. Mais serviços públicos, mais funcionários públicos, mais despesa pública, mais dívida pública, mais Estado. Para fazer face a esses aumentos, a carga fiscal apesar de todas as tentações, não é ilimitada. E o limite razoável, é que esta não comprometa a produção de riqueza, o investimento nacional privado, a captação de investimento estrangeiro. A falta de ambição e os preconceitos ideológicos dos decisores, governo e oposições, traduz-se no pífio crescimento económico que continua a verificar-se ano após ano.

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